Eu me disponho a reconhecer…que não há necessidade de haver alguma coisa errada para que eu me sinta bem.

É triste a constatação, mas existem pessoas que buscam a dor. Algumas pessoas criam dor. Outras simplesmente não se sentem vivas a não ser que algo esteja errado. Quando algo esteve errado com você durante um período extenso, a sensação causada pode se tornar um habito. Passa a ser aquela coisa pela qual você espera e pela qual vive.

A dor lhe dá assunto para conversar com os outros. Pode até fazer você se sentir importante. Você pode usar a dor física e emocional para mostrar que é capaz de lidar com qualquer coisa que a vida jogar em sua direção. A dor atrai atenção. Quando há algo de errado com você, as pessoas correm em seu auxílio. Se não fazem isso, você já tem sobre o que falar. Não é que você goste da dor. É só porque ela lhe dá uma ocupação, e todo ser humano precisa de ocupação.

A vida não precisa ser difícil! Não é preciso viver na dor ou viver eliminando a dor. Sem a dor, podemos aprender a nos acostumar com a beleza da vida. Quando não há dor, podemos aprender a nos acostumar com a beleza da vida. Quando não há dor, aprendemos a viver sem medo. Quando aprendemos a nos libertar da dor e da ansiedade que ela causa, ficamos mais à vontade com nós mesmos, o que faz com que os outros fiquem mais à vontade conosco. Passamos a atrair a atenção e o companheirismo que desejamos e merecemos.

Até hoje, você pode não ter se dado conta do papel que a dor desempenha na sua vida. Talvez tenha chegado o momento de descobrir que você tem procurado, criado e esperado a dor. Hoje, examine cuidadosamente todas as experiências ou situações dolorosas que você pode estar enfrentando atualmente. Pergunte-se: “Estou dando força a essa situação e deixando que ela faça parte de minha vida?” A seguir, pergunte-se: “Como posso enfrentar essa situação de forma mais amorosa e pacífica?”

Hoje, eu me dedico a descobrir uma maneira de viver livre da dor.

Livro: A vida vai dar certo para mim

Autora: Iyanla Vanzant

Mensagem retirada da página 139.